O surrealismo surge na paris do início do século 20, é um movimento muito importante porque é o movimento de resposta contra o racionalismo e o materialismo vigente naquele período.

É importante lembrarmos que, o surrealismo ele nasce com a figura muito importante André Breton e André Breton irá fazer um manifesto surrealista, em que nós teremos as bases da teoria desse novo movimento.

Destacamos pra vocês um trecho do manifesto surrealista feito pelo André Breton. Vamos dar uma conferida:

“Automatismo psíquico em estado puro, mediante o qual, se propõe a exprimir verbalmente por escrito ou por qualquer outro meio o funcionamento do pensamento ditado do pensamento suspenso, qualquer controle exercido pela razão alheio a qualquer preocupação estética ou moral”.

Olha o quanto é importante esse trecho. Existe uma palavra, que vale a pena você associar ao surrealismo, essa liberdade do pensamento; o pensamento cria asas e o pensamento será representado verbalmente por escrito e principalmente na pintura, como características do surrealismo.

Nós temos essa liberdade do pensamento, não é o pensamento livre, e dando forma aquilo que se deseja é interessante também pensarmos que há uma apresentação constante de imagens bizarras.

num primeiro momento, você olha, você estranha mas, aquilo que é enfim bizarra, muitas vezes é porque veio do inconsciente, porque uma outra característica importante do surrealismo, é a valorização do inconsciente.

É dar forma e exteriorizar aquilo que só está no inconsciente. Vamos falar do importante pintor salvador Dalí, que chega a dizer que suas obras seriam fotografias de sonhos, pintadas à mão.

Salvador Dalí, traz para a tela aquilo que está no interior. Aquilo que está no inconsciente, muitas vezes diluindo, dissolvendo algumas imagens concretas.

Essas características que mencionamos, você pode verificar na obra a construção da memória de salvador Dalí. Observe que nós temos um ambiente árido, um ambiente desértico.

Observe que, os relógios estão derretendo, a memória que se esvai não existe. A concretude, não existe. Há certezas até porque é o inconsciente que trabalha nesse momento.

Além disso, temos uma outra tela em questão; o sono. Observem nessa imagem, é um rosto que é sustentado por muletas, se você olhar bem ao fundo, até o próprio cachorro é sustentado por muletas.

A realidade, ela é escorado, ela precisa de sustentação e pelo fato dela está amparada em muletas é para mostrar que ela não é 100% firme, que ela é variável, que a qualquer momento aquilo que você acredita, pode mudar.

Outro pintor importante do surrealismo; é Renée Magritte que, também vai trabalhar com o inconsciente, libertando o inconsciente, colocando ele na tela.

Só que a imagem que nós vamos analisar em questão, é um quadro importante do Magritte, em que nós temos um cachimbo e logo abaixo a inscrição, isso não é um cachimbo claro de fato, não é um cachimbo real mas, é uma representação do cachimbo.

Isso leva a uma discussão interessante sobre o papel da arte. A função da arte que representa essa realidade não é a realidade em questão mas, é uma representação é uma leitura dessa realidade, quando pensamos em surrealismo.

É importante lembrar de Floyd. O importante psicanalista Freud, olha que curioso. Freud e o surrealismo conversam. Porque, quando nós falamos de surrealismo, não falamos do inconsciente de libertar o inconsciente, a psicanálise também vai trabalhar com o inconsciente.

É interessante que Freud ao analisar o homem, ele disse que nós temos um consciente, que é só a pontinha do iceberg e o restante é todo o nosso inconsciente.

É lá que guardamos nossos desejos, as vontades, às frustrações ‘recalcamos’ as nossas mazelas. O inconsciente é importantíssimo na teoria de Freud. Também como é importantíssimo para o surrealismo.