Hoje lhes apresento o Kimchi.
Com a sensação crescente do K-pop, não só a cultura coreana, mas também a sua culinária, tem se difundido cada vez mais pelo ocidente, e dentre os pratos que estão ganhando a atenção, o Kimchi se destaca.
Na verdade, você sabia que o Kimchi foi considerado pela UNESCO Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade? Pois é, esse alimento sempre presente nas mesas coreanas, com seu sabor picante e salgado, tem uma importância histórica e de sobrevivência que lhe concedeu esse título, indo além de apenas um acompanhamento ou vegetais fermentados.
A HISTÓRIA DO KIMCHI
Para entender a origem e a história dessa delícia coreana, é preciso lembrar e entender primeiro que o Kimchi representa um lembrete de como é necessário estar em equilíbrio com a natureza, e preparado para as coisas que ela é capaz de fazer.
Na Coréia houveram condições climáticas extremas, principalmente relacionadas ao clima e suas baixas temperaturas, o que dificultava o armazenamento dos vegetais que eram colhidos durante o inverno, e acabava prejudicando os coreanos que sempre tiveram uma alimentação fortemente baseadas nestes vegetais.
Pensando nisso então, e havendo a necessidade de sobrevivência, essa técnica de fermentação da acelga, que era feita normalmente em uma tradição chamada de “Kimjang” onde grupos de pessoas se reuniam, para preparar e repartir o prato, para que todos pudessem aguentar os invernos frios tendo algo em suas mesas.
COMO SE PREPARA?
A preparação do Kimchi é bem fácil e que pode ser feita em casa sem problemas.
O primeiro passo é lavar e cortar a acelga ou couve chinês no sentido longitudinal, de uma forma a deixar as folhas intactas – existem variações de hortaliças e verduras, mas vou lhes mostrar o sabor mais tradicionalmente preparado – e em seguida mergulhar as mesmas em água gelada, levando em seguida uma fina camada de sal, onde os talos devem ter mais sal que as folhas.
Preparando o kakdugi – kimchi com cubos de rabanete – enquanto a couve salga, deve-se pegar um rabanete e cortá-los em cubos para também cobrir de sal. Após duas horas, tanto a folha como os cubos de rabanete devem ser virados, para que possam ser bem salgados, e após mais duas horas, vai ser observado que a couve encolheu, neste momento lave tanto as folhas como o rabanete, na água gelada várias vezes.
Para a preparação da pasta, primeiro é misturado no lume farinha de arroz e água, ao se observar que começou a borbulhar, adiciona-se açúcar para encorpar a pasta e então é tirado do fogo. Agora você vai começar a temperar, coloque então molho de peixe, pimenta malagueta, alho, gengibre, cebola bem esmagadinha, cebolinho picado e palitos de rabanete. Depois que a pasta já estiver pronta, é só passar na sua couve e em seus cubos de rabanete, misturando bem, com a mão mesmo e usando uma luva, até que esteja bem misturada.
Agora é só guardar seu kimchi em um pote, que tem que ficar pelo menos uns dois dias em temperatura ambiente para que comece a fermentar, mas pode deixar até 5 dias, dependendo do quão fermentado você queira, e então após fermentar, é só guardar na geladeira e ir se satisfazendo com essa delícia.
Mas a receita também pode variar de fonte para fonte, então busque aquela que lhe agrada mais e não deixa de provar!
O KIMCHI E A SAÚDE
Pois bem, é isso aí, você pode comer com tranquilidade, pois além de ser muito bom, o kimchi também faz bem pra saúde. Contendo menos de 1 grama de gordura, a cada 150 gramas dessa delícia você vai encontrar uma boa quantidade de vitaminas C, A, B6, B3, B2, ferro e ácido fólico. Além disto, também ajuda a fortalecer o sistema imunológico, pois em sua fermentação produzem os lactobacilos, que ajudam não só no sistema imune, mas também na melhora de problemas intestinais e respiratórios. O kimchi ainda desacelera o envelhecimento por sua propriedade anti-inflamatória e ainda te ajuda a perder peso.
CONCLUSÃO
O kimchi ajudou muito a população coreana em seus tempos difíceis de inverno e com isso ganhou seu amor. Como disse anteriormente, o kimchi vai além de uma comida e vegetais, foi uma forma de sobreviver, um sinal de união e de como devemos viver em harmonia com a natureza, que pode nos tirar algumas coisas, mas nos dá muitas outras.
